O que faz a gente se sentir “errada”
Você já se sentiu uma pessoa errada? Eu já me senti assim várias vezes. Já atendi e atendo várias mulheres que se sentem assim.
Seja porque não sabem o que quer fazer da vida. Ou não conseguem sorrir e acenar como uma boa menina. Ou não têm o corpo, trabalho, estilo de vida que acham que seria o padrão. Ou porque sentem coisas que as pessoas ao redor não entendem. Ou porque têm sonhos maiores do que achavam que elas se destinavam. Seja porque motivo for, mulheres incríveis têm se sentido menores, incompletas, erradas simplesmente por serem quem são.
Boa parte do que elas consideram “erro", nem seria visto assim, se elas parassem de se comparar, pra começo de conversa. A comparação é absolutamente natural, mas é muito exacerbada na cultura em que a gente vive. E ela vai tecendo uma trama silenciosa, em que você deixa de se considerar boa o suficiente, só porque não está no caminho que os outros estão, fazendo o que os outros estão fazendo, dando conta como “aparentemente” eles dão conta. Mas toda comparação é injusta, porque além de não sabermos de onde aquela pessoa vem, os instrumentos e oportunidades que a moldaram, nem sabemos se o que vemos é de fato a realidade íntima daquele alguém.
Em algumas temporadas, observo que alguns temas aparecem muito nos atendimentos de terapia. Os dois temas que mais pessoas têm apresentado nos últimos meses são ligados a vergonha e autoestima. Já comentei sobre isso por aqui? Acho que sim. Estava lendo um livro em que me deparei com essa pergunta:
“O que diferencia uma pessoa autoconfiante de uma pessoa insegura?”
O que você responderia?
No livro, a resposta foi:
"A pessoa autoconfiante se aceita com suas fraquezas. Já a pessoa insegura ou 1) não aceita suas fraquezas ou 2) superestima suas fraquezas ou 3) vê em si fraquezas que ninguém mais vê.”
Deixar de se ver como um erro é começar a reconhecer que tudo em você faz parte e te faz humana. Você pode melhorar algo? Pode. Mas isso não diminui em nada o que você já tem de muito legal, incluindo as suas lutas, os seus tropeços e tudo que você vem aprendendo e construindo a partir deles.
Você não é errada. Você é humana. Dá aqui um abraço. Tamo junta.
Super abraço!
Juliana
p.s.: Nesta quinta, 31/10, às 19h, vou conduzir uma prática de mindfulness sobre Autorreconhecimento, que tem tudo a ver com essa conversa de hoje. Vamos? Vai acontecer somente ao vivo, sem reprise. Vou passar o acesso lá no canal no WhatsApp.